Não. A laje é fabricada com o uso de forma metálica, portanto com variação milimétrica em sua espessura. Na montagem, é simplesmente apoiada nas paredes estruturais dos pavimentos. Os processos de fabricação e montagem, pelo alto grau de industrialização, resultam em um produto de alta qualidade, que atende com folga a tolerância do item 9.2.2, Parte 2 – Execução e controle de obras, das NBR’s 15.961 – Alvenaria Estrutural – Blocos de Concreto e 15.812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos. A variação do nível da superfície do pavimento, decorrente do uso da laje pré-moldada acabada, tende à zero.

Não. As lajes são apoiadas nas paredes estruturais. Os eixos longitudinais das emendas e das paredes coincidem. Portanto, quase sua totalidade fica sobre e sob as paredes dos pavimentos inferior e superior respectivamente. Existem poucas emendas que ficam aparentes, localizadas nas regiões das portas, por exemplo. Estas devem ser consideradas sim no projeto de revestimento do piso. Se houver soleiras de granito, basta as assentar sobre as emendas com argamassa colante flexível. Caso as soleiras sejam de cerâmica, basta coincidir suas juntas com as emendas das lajes. Na região sul e nas grandes construtoras do país, o sistema laje acabada tem a preferência nas construções em alvenaria estrutural.  É utilizado desde 2008. Dentre vários benefícios validados, como economia e racionalidade, está a alta qualidade do produto final.

Como qualquer outro processo, o da laje acabada é composto por tarefas, que devem ser acompanhadas para evitar a ocorrência de patologias. No que tange a fissuração de placas, as seguintes tarefas críticas das etapas do processo devem ser bem planejadas, executadas e acompanhadas, para propiciar uma tomada de decisão imediata.

• Preparativos para a fabricação: elaborar projeto de fôrmas e especificar o traço do concreto para o cenário executivo;
• Fabricação: validar o concreto entregue, aplicar desmoldante, adequar a temperatura do pátio de concretagem, posicionar os elementos embutidos conforme projeto e vibrar o concreto;
• Transporte: remover a placa do pátio de concretagem para a área de estoque.

As duas tarefas destacadas são as principais causadoras de fissuras em placas. Constatamos que a primeira é motivada pelo uso de matéria prima de má qualidade e aplicação em quantidade insuficiente. A segunda da necessidade de aumentar a produção por área de pátio de concretagem. As placas são retiradas precocemente do pátio de concretagem (desfôrma) e as transportam sem a devida resistência (ainda verdes).

Com um bom planejamento e uma execução aderida ao plano e à boa técnica, a quantidade de ocorrências de fissuras serão equalizadas às ocorrências dos demais sistemas utilizados.